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Retrato falado

Não importa onde estajamos, suas cores e formas denunciam: “aqui tem um templo da Congregação Cristã no Brasil”, ou como diz a canção “aqui a congregação estendeu seu véu..."

A CCB é uma igreja extremamente organizada, até mesmo os criticos da CCB enaltecem a esta qualidade. Em tempos que para muitos a religião tornou-se um lucrativo negócio e assim em poucos dias erguem-se mega-templos em pontos estratégicamentes posicionados, a CCB ainda mantém os singelos mutirões de membros aos finais de semanas, e isso tem dado certo, somos cerca de 19000 templos espalhado por todo o Brasil.
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A CCB é uma instituição amada e odiada, amada pelos seus membros e odiada por muitos irmãos evangélicos de outras searas. Ainda que os nossos criticos não admitam na CCB há grande reverência pelo sagrado e muito repeito ao ministério. No cultos homens de um lado e mulheres do outro, formam um cenário único no meio evangélico brasileiro, centenas de homens enfileirados, todos trajados de terno, o mesmo do lado das mulheres, onde centenas cobrem suas cabeças com o véu. Este ambiente agradavel somado a boa música, tocado pela maior orquestra do mundo, é um convite permanecermos nas fileiras da congregação e para que os visitantes voltem sempre a “Casa de Oração”.
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É verdade que aqui não há preparo de sermões para ser pregado nos cultos, e que nossos ministros não possuem formação teológica, mas isto não quer dizer que as pregações não estejam de acordo com as Sagradas Escrituras e que são como o “pão do céu” que alimenta a alma.
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Somos uma igreja avivada, temos a graça de termos o Espirito Santo como condutor da Igreja, por isso, sempre que saimos da igreja, voltamos para casa com aquilo que espiritualmente necessitamos, e aqueles que entram na congregação pela primeira vez saem delá maravilhados com a experiencia de terem sido tocados pela pregação.
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Antes que me atirem pedras, preciso dizer que esta não é uma caracteristica exclusiva da CCB, e que estou falando dela porque é a igreja qual frequento. Não vou deixar de dizer que, as vezes, há deslizes na Palavra, porque realmente há, mas isso também não é exclusividade da CCB, onde tem o homem presente, fuçando encontraremos falhas.
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Bispos levando dolares ilegalmente dentro da Bíblia para outos países e impérios da comunicação sendo erguidos com dinheiro de gente simples e assalariada, nesse cenário, a CCB pode orgulhar-se por estar no rol de igrejas sérias, que fazem gestão transparente dos recursos provenientes de doações espontaneas do fiéis denominada “coleta”.
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Na CCB ninguém é remunerado, todo serviço é prestado voluntariamente, o musico e a organista tocam com alegria porque gostam, os amorosos diaconos e irmãs da obra da piedade trabalham porque se preocupam o sofrimento dos pequeninos do Senhor, os anciães e cooperadores de adulto e de jovens pregam porque acreditam que Deus a eles confiou esta missão.

Mas não é só isso, tem os missionários que sem fazer alarde estão levando as boas novas do evangelho por todo mundo, graças ao empenho deles a Congregação Cristã está presente nos cinco continentes. Outra coisa bonita de se ver são os evangelistas, geralmente homens simples e de pouca instrução material, mas de enorme sabedoria, Deus os capacita e com um unico versículo estes homens abrem suas bocas e derramam uma água pura e cristalina que vem direto da fonte. A sabedoria e beleza das palavras que saem da boca desses homens não encontramos nos mais famosos livros de poesia e nem mesmo nas teses academicas dos sabios em ciencia humana.
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Tudo isso faz-se por amor, não esperamos ser recompensados aqui na terra, motiva-nos a esperança de lá no céu recebermos a "coroa de glória". Ultimamente muito se falou da CCB, eu mesmo falo, mas não temos apenas falhas, temos muita coisas boas, acima citei apenas algumas delas.
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Ah, ia me esquecendo, como estamos em ano de eleiçoes, vale lembrar que a CCB é totalmente apolitica, política e políticos passam longe dos nossos pulpitos, cada um é livre para comprir o seu dever de cidadão.
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Em 2010 a CCB é 100!

A história do Movimento Pentecotal e o contato com William H. Durham

Por Daniel Pereira

O irmão ancião Louis Francescon manteve contato com o movimento pentecostal americano iniciado em Los Angeles, e, em uma reunião deste movimento em Chicago, Francescon tem sua experiência com o falar em novas línguas. Iniciando assim um novo capítulo na história das igrejas italianas dos Estados Unidos: O Movimento Pentecostal Ítalo-Americano.

Para compreendemos este assunto temos que nos reportar ao começo do século passado, quando houve o início do Movimento, do qual nós descendemos, mesmo que indiretamente.

Vejamos:

O início do avivamento começou com o ministério do Charles Fox Parham. Em 1898 Parham abriu um ministério, incluindo uma escola Bíblica, na cidade de Topeka, Kansas. Depois de estudar o livro de Atos, os alunos da escola começaram buscar o batismo no Espírito Santo, e, no dia 1° de janeiro de 1901, uma aluna, Agnes Ozman, recebeu o batismo, com a manifestação do dom de falar em línguas estranhas. Nos dias seguintes, outros alunos, e o próprio Parham, também receberam a experiência e falaram em línguas.

Charles Fox Parham

Nesta época, as igrejas Holiness ("Santidade"), descendentes da Igreja Metodista, ensinaram que o batismo no Espírito Santo, a chamada "segunda benção", signficava uma santificação, e não uma experiência de capacitação de poder sobrenatural. Os dons do Espírito Santo, tais como falar em línguas estranhas, não fizeram parte da sua teologia do batismo no Espírito. A mensagem do Parham, porém, foi que o batísmo no Espírito Santo deve ser acompanhado com o sinal miraculoso de falar em línguas.

Parham, com seu pequeno grupo de alunos e obreiros, começou pregar sobre o batismo no Espírito Santo, e também iniciou um jornal chamado "The Apostolic Faith" (A Fé Apostólica). Em Janeiro de 1906 ele abriu uma outra escola Bíblica na cidade de Houstan, Texas.
Um dos alunos esta escola foi o William Seymour. Nascido em 1870, filho de ex-escravos, Seymour estava pastoreando uma pequena igreja Holiness na cidade, e já estava orando cinco horas por dia para poder receber a plentitude do Espírito Santo na sua vida.

William Seymour

Seymour enfrentou as leis de segregação racial da época para poder frequentar a escola. Ele não foi autorizado ficar na sala de aula com alunos brancos, sendo obrigado a assistir as aulas do corredor. Seymour também não pude orar nem receber oração com os outros alunos, e consequentamente, não recebeu o batismo no Espírito Santo na escola, mesmo concordando com a mensagem.

Uma pequena congregação Holiness da cidade de Los Angeles ouviu sobre Seymour e o chamou para ministrar na sua igreja. Mas quando ele chegou e pregou sobre o batismo no Espírito Santo e o dom de línguas, Seymour logo foi excluído daquela congregação.

Sozinho na cidade de Los Angeles, sem sustento financeiro nem a passagem para poder voltar para Houston, Seymour foi hospedado por Edward Lee, um membro daquela igreja, e mais tarde, por Richard Asberry. Seymour ficou em oração, aumentando seu tempo diário de oração para sete horas por dia, pedindo que Deus o desse "aquilo que Parham pregou, o verdadeiro Espírito Santo e fogo, com línguas e o amor e o poder de Deus, como os apóstolos tiveram."

Uma reunião de oração começou na casa da família Asbery, na Rua Bonnie Brae, número 214. O grupo levantou uma oferta para poder trazer Lucy Farrow, amiga de Seymour que já tinha recebdo o batismo no Espírito Santo, da cidade de Houston. Quando ela chegou, Farrow orou para Edward Lee, que caiu no chão e começou falar em línguas estranhas.

Naquela mesma noite, 9 de abril de 1906, o poder do Espírito Santo caiu na reunião de oração na Rua Bonnie Brae, e a maioria das pessoas presentes começaram falar em línguas. Jennie Moore, que mais tarde se casou com William Seymour, começou cantar e tocar o piano, apesar de nunca tiver aprendido a tocar.

A partir dessa noite, a casa na Rua Bonnie ficou lotado com pessoas buscando o batismo no Espírito Santo. Dentro de poucos dias, o próprio Seymour também recebeu o batismo e o dom de línguas.

Uma testemunha das reuniões na Rua Bonnie Brae disse:

Eles gritaram durante três dias e três noites. Era Páscoa. As pessoas vieram de todosos lugares. No dia seguinte foi impossível chegar perto da casa. Quando as pessoas entraram, elas cairam debaixo do poder de Deus; e a cidade inteira foi tocada. Eles gritaram lá até as fundações da casa cederam, mas ninguém foi ferido. Durante esses três dias havia muitas pessoas que receberam o batismo. Os doentes foram curados e os pecadores foram salvos assim que eles entraram.

Sabendo que a casa na Rua Bonnie Brase estava ficando pequena demais para as multidões, Seymour e os outros procuravam um lugar para se reunir. Eles acharam um prédio, na Rua Asusa, número 312, que tinha sido uma igreja Metodista Episcopal mas, depois de ser danificado num incêndio, foi utilizado como estábulo e depósito. Depois de tirar os escombros, e construir um púlpito de duas caixas de madeira e bancos de tábuas, o primeiro culto foi realizado na Rua Asusa no dia 14 de abril de 1906.

Muitos cristãos na cidade de Los Angeles e cidades vizinhas já estavam esperando por um avivamento. Frank Bartleman e outros estiveram pregando e intercedendo por um avivamento como aquilo que Deus estava derramando sobre o país de Gales.

Num folheto escrito em novembro de 1905, Barteman escreveu:

A correnteza do avivamento está passando pela nossa porta... O espírito de avivamento está chegando, dirigido pelo sopro de Deus, o Espírito Santo. As nuvens estão se juntando rapidamente, carregadas com uma poderosa chuva, cuja precipitação demorará apenas um pouco mais.

Heróis se levantarão da poeira da obscuridade e das circunstâncias desprezadas, cujos nomes serão escritos nas páginas eternas da fama Celestial. O Espírito está pairando novamente sobre a nossa terra, como no amanhecer da criação, e o decreto de Deus saía: "Haja luz"...
Mais uma vez o vento do avivamento está soprando ao redor do mundo. Quem está disposto a pagar o preço e responder ao chamado para que, em nosso tempo, nós possamos viver dias de visitação Divina?

O pastor da Primeira Igreja Batista, Joseph Smale, visitou o avivamento em Gales, e reuniões de avivamento continuavam para alguns meses na sua igreja, até que ele foi demetido pela liderança. Bartleman escreveu e recebeu cartas de Evan Roberts, o líder do avivamento de Gales. Mas o avivamento começou com o pequeno grupo de oração dirigido por Seymour.

Depois de visitar a reunião na Rua Bonnie Brae, Bartleman escreveu:

Havia um espírito geral de humildade manifesto na reunião. Eles estavam apaixandos por Deus. Evidentemente o Senhor tinha achado a pequena companhia, ao lado de fora como sempre, através de quem Ele poderia operar. Não havia uma missão no país onde isso poderia ser feito.
Todas estavam nas mãos de homens.

O Espírito não pôde operar. Outros mais pretensiosos tinham falhados. Aquilo que é estimado por homem foi passado mais uma vez e o Espírito nasceu novamente num "estábulo" humilde, por fora dos estabelecimentos eclesiásticos como sempre.3Interesse nas reuniões na Rua Azusa aumentou depois do terrível terremoto do dia 18 de abril, que destruiu a cidade vizinha de San Francisco. Duras críticas das reuniões nos jornais da cidade também ajudavam a espalhar a noticia do avivamento.

Como no avivamento de Gales, as reuniões não foram dirigidas de acordo com uma programação, mas foram compostos de oraçãos, testemunhos e cânticos espontâneos. No jornal da missão, também chamado "The Apostolic Faith", temos a seguinte descrição dos cultos:"As reuniões foram transferidas para a Rua Azusa, e desde então as multidões estão vindo.

As reuniões começam por volta das 10 horas da manhã, e mal conseguem terminar antes das 20 ou 22 horas, e às vezes vão até às 2 ou 3 horas da madrugada, porque muitos estão buscando e outros estão caídos no poder de Deus. As pessoas estão buscando no altar três vezes por dia, e fileiras e mais fileiras de cadeiras precisam ser esvaziadas e ocupadas com os que estão buscando. Não podemos dizer quantas pessoas têm sido salvas, e santificadas, e batizadas com o Espírito Santo, e curadas de todos os tipos de enfermidade. Muitos estão falando em novas línguas e alguns estão indo para campos missionários com o dom de línguas. Estamos buscando mais do poder de Deus."



Frank Bartleman também escreveu sobre os cultos na Rua Azusa:O irmão Seymour normalmente se sentou atrás de duas caixas de sapato vazias, uma em cima da outra. Ele acustumava manter sua cabeça dentro da caixa de cima durante a reunião, em oração. Não havia nenhum orgulho lá. Os cultos continuavam quase sem parar. Almas sedentas poderiam ser encontradas debaixo do poder quase qualquer hora, da noite ou do dia.

O lugar nunca estava fechado nem vazio. As pessoas vieram para conhecer Deus. Ele sempre estava lá. Conseqüentemente, foi uma reunião contínua. A reunião não dependeu do líder humano.

Naquele velho prédio, com suas vigas baixas e chão de barro, Deus despedaçou homens e mulheres fortes, e os juntou novamente, para a Sua glória. Era um processo tremendo de revisão. O orgulho e a auto-asserção, o ego e a auto-estima, não podiam sobreviver lá. O ego religioso pregou seu próprio sermão funerário rapidamente.

Nenhum assunto ou sermão foi anunciado de antemão, e não houve nenhum pregador especial por tal hora. Ninguém soube o que poderia acontecer, o que Deus faria. Tudo foi espontâneo, ordenado pelo Espírito. Nós quisemos ouvir de Deus, através de qualquer um que Ele poderia usar para falar. Nós tivemos nenhum "respeito das pessoas." O rico e educado foi igual ao pobre e ignorante, e encontrou uma morte muito mais difícil para morrer. Nós reconhecemos somente a Deus. Todos foram iguais.

Nenhuma carne poderia se gloriar na presença dEle. Ele não pôde usar o opiniático. Essas foram reuniões do Espírito Santo, conduzidas por Deus. Teve que começar num ambiente pobre, para manter o elemento egoísta, humano, ao lado de fora. Todos entraram juntos em humildade, aos pés dEle.

Notícias sobre as reuniões na Rua Azusa começaram a se espalhar, e multidões vierem para poder experimentar aquilo que estava acontecendo. Além daqueles que vierem dos Estados Unidos e da Canadá, missionários em outros páises ouvirem sobre o avivamento e visitavam a humilde missão. A mensagem, e a experiência, "Pentecostal" foi levada para as nações. Novas missões e igrejas Pentecostais foram estabelecidas, e algumas denominações Holiness se tornaram igrejas Pentecostais. Em apenas dois anos, o movemento foi estabelecido em 50 nações e em todas as cidades nos Estados Unidos com mais de três mil habitantes.

A influência da missão da Rua Azusa começou a diminuir à medida que outras missões e igrejas abraçaram a mensagem e a experiência do batismo do Espírito Santo. Uma visita de Charles Parham à missão, em outubro de 1906, resultou em divisão e o estabelecimento de uma missão rival. Parham não se conformava com a integração racial do movimento, e criticou as manifestações que ele viu nas reuniões.

Em setembro de 1906 a Missão da Rua Azusa lançou o jornal "The Apostolic Faith", que foi muito usado para espalhar a mensagem Pentecostal, e continuou até maio de 1908, quando a mala direta do jornal foi indevidamente transferida para a cidade de Portland, assim efetivamente isolando a missão de seus mantenadores.

O avivamento da Rua Azusa durou apenas três anos, mas foi instrumental na criação do movimento Pentecostal, que é o maior segmento da igreja evangélica hoje. William H. Durham(é possível encontrar este nome no livreto que a CCB distibui com o testemunho de Luigi Francescon)recebeu seu batismo no Espírito Santo em Azusa, formando missionários na sua igreja em Chicago, como E. N. Bell (fundador da Assembleia de Deus dos EUA), Daniel Burg (fundador da Assembleia de Deus no Brasil) e Luigi Francescon (fundador da Congregação Cristã no Brasil).


Fonte:1. Fire on the Earth por Eddie Hyatt2. The Topeka Outpouring of 1901 por Larry Martin3. Azusa Street por Frank Bartleman4. Jornal The Apostolic Faith da Missão Azusa5. The Fire That Could Not Die por Rick Joyner6. Azusa Street & Beyond por Grant McClung

Por :http://www.avivamentoja.com/pmwiki.php?n=Passado.Azusa Via: ExamineTudo

O missionário italiano e o contato com os presbiterianos de São Paulo

Após receber uma revelação do Espírito Santo, e sendo confirmada pelo pastor W. Durhan, de que era para levar a nova mensagem aos colonos italianos em outros países. Luigi Francesconi, parte juntamente com Giácomo Lombardi e Lúcia Menna, para visitar italianos presentes na América do Sul.

Giácomo Lombadi

Lúcia Menna

O primeiro destino é Buenos Aires na Argentina, onde em contato com parentes Lúcia Menna, é iniciado o primeiro trabalho pentecostal naquele país. Luigi Francesconi, resolve se dirigir à São Paulo, deixando Lúcia Menna e Giácomo Lombardi na Argentina.

Aqui deve se registrar que o trabalho na Argentina também foi realizado por outro missionário:

Em 1915, Narciso Nartucci, congregado na Assembleia Crista Reunidos em Nome do Senhor Jesus, de Chicago, sente no coração do desejo de continuar o trabalho iniciado pelo trio missionário. Toma forma assim a Assembleia Cristã Reunida em Nome do Senhor Jesus, em território argentino. Denominação que pode ser encontrada até os dias de hoje, que conserva os mesmos costumes da Congregação Cristã e mantém contato com irmãos tanto brasileiros quanto argentinos.

O ano era 1910, a Estação da Luz, recebia centenas de pessoas diariamente, a maioria oriunda do Porto de Santos, imigrantes que viam no Brasil oportunidades não existentes em seus países de origem. Vieram para substituir os escravos que, poucos anos antes, a princesa Izabel libertara.
Além de asiáticos, vieram muitos europeus, especialmente italianos, e neste grupo se instalará a primeira igreja pentecostal em solo brasileiro.

Francesoni conhece um italiano na Estação da Luz, declarado ateu, seria um dos primeiros a aceitar a mensagem pentecostal em terra tupiniquins.

Francescon parti para Santo Antonio da Platina, de posse do endereço do italiano, lá é recebido, prega a mensagem que lhe era confiada, sofre perseguição por parte do padre local, e volta, após realizar o primeiro batismo, para São Paulo.
Chegando em São Paulo, Francesconi, visita uma barbearia, local de encontro de italianos, para com nostalgia falarem da terra da Tarantella. Interessado em encontrar um local para congregar, questiona aos presentes se alguém ali conhecia algum italiano protestante, e é informado sobre a existência de um por nome Ernesto Finotti.

Em 25 de junho de 1910, em uma visita, Francesconi expõe o motivo de sua viagem, e é convidado pelo presbítero Felipe Pavan para congregar no culto da Igreja Presbiteriana, que tinha como pastor Modesto Carvalhosa.
Pastor Modesto Carvalhosa

Felipe Pavan dá liberdade para Francesconi de transmitir a mensagem da noite.
Felipe Pavan

No entanto, Carvalhosa, por certo informado pela Igreja Presbiteriana sobre os acontecimentos mundo afora acerca da novidade do falar em línguas, percebe nas mensagens de Francesconi, um tom pentecostal, e proibe o presbítero Felipe Pavan de dar liberdade à Francesconi.

Com esta situação o irmão Santo Pontalti, abre as portas de sua casa para que Francesconi realize cultos, o que não era mais necessário. Muitos assimilaram as novas, e aceitaram a pregação pentecostal, surgindo assim um cisma na Igreja Presbiteriana. Os que não aceitaram a mensagem, retiraram os bancos e o órgão da igreja.

Como Felipe Pavan trabalhava em uma serraria foi fácil fazer novos bancos, e utilizando o salão desocupado, surge a Assembleia Cristã Reunida em Nome do Senhor Jesus, no Brasil. Presente neste grupo estava João Finotti, que fora ordenado ancião 7 anos após a separação. João Finotti, era pai do também ancião Davi Finotti.

Igreja da Assembleia Cristã, note que na fachada esta escrito "Em Nome do Senhor Jesus"

Felipe Pavan e Ernesto Finotti foram os dois primeiros anciães do Brasil, sendo ordenados em 1910, após passarem pelo batismo por imersão.
Com o passar do tempo, por conta de falsas profecias, o pequeno povo se divide, e uma parte congrega com Ernesto Finotti e outro com Felipe Pavan; para promover a reconsiliação vem dos Estados Unidos o ancião Agostinho Leoncine, que em 1911 ordena o terceiro ancião, Genaro Pitta.

João Finotti, que na época era um menino, fora ordenado ancião em 1917 pelo próprio Luigi Francesconi.

São estas as primeiras histórias da Congregação Cristã no Brasil.

Fonte: Adaptado do Texto de Germilio Pavan, editado em 1970;

Testumunho de Luigi Francesconi,;

Nossa História, site da Assembleia Cristã Argentina;

Fotos: Portal CCB On Line e SabetudoCCB































A CCB é Centenária.

Congregação Cristã no Brasil é o letreiro que os mais belos templos do país ostentam em suas fachadas. Do interior desses templos ecoam os mais belos hinos de Louvores e Súplicas a Deus. Seus asentos acomodam um inúmero e maravilhoso povo que reunido em NOME DO SENHOR JESUS adoram o Deus que fez o Céu e a Terra. De cá homens com terno e gravata, de lá mulheres com véus nas cabeças. Após a exclamação: DEUS SEJA LOUVADO inicia-se mais um culto nessa igreja que está completando cem anos.

Ponto de partida. Aos doze de março de 1910, desembarcava em solo brasileiro vindo dos Estados Unidos, o imigrante italiano Luiz Francescon. Este missionário ensinaria uma parte da nação a falar uma 'língua estranha' que não tem tradução, mas tem poder e unção.

A pioneira. A mensagem pentecostal (Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e breve voltará) começou a ser disseminada em solo brasileiro, na região sudeste, pela Congregação Cristã no Brasil - CCB. Em pouco tempo em cada cidade do nosso céu a Congregação estendeu seu véu.

O número um. Antônio Felício Machado foi o primeiro irmão a ser batizado na CCB na cidade de Santo Antônio da Platina no Estado do Paraná.

O crescimento. Explicar o crescimento inicial da CCB é desafio a qualquer teólogo, ou mesmo, sociólogo ou antropólogo. Como uma igreja que não evangeliza cresce tanto? Se o método tradicional e bíblico não foi usado, qual fattor levou-a ser a maior denominação por décadas?

Obra do Espírito Santo. Os membros da CCBtem uma resposta na ponta da língua: "Foi obra do Espírito Santo" - e ao meu ver foi mesmo. A glossolalia (línguas estranhas) foi um atrativo para crentes de outras denominações. O derramamento dos dons foi abundante até meados de sua história, o que acontecia tanto nos encontros cultuais como nos casuais.

Usos e costumes. Os costumes usuais da CCB são comuns a toda igreja pentecostal, já os litúrgicos, são bem característicos contribuindo para sua identidade denominacional. São eles: o uso do véu, assentos separados, saudação típica, orar só de joelhos, clamores e exclamações exaltando a Deus durante todo decorrer do culto, etc.

A igreja dos 'glórias'. O modo peculiar de seus membros exaltarem e clamarem a Deus fazia-se notável a todos que a visitavam, fazendo-os ficar conhecidos como 'os glórias' e consequentemente a CCB como a 'igreja dos glórias'. Esse apelido, dado pelas outras denominações, revela como era dinâmico o seu culto e o respeito que demonstravam pela CCB.

Sua gente. A congregação é composta de um povo varonil e jovens valorosos. Suas mulheres são mestras no bem e as moças, sem exceção, são formosas e encantadoras. Casam-se e dão em casamento entre si, agem igual [porque são] uma grande famíla

Suas cores. Do cinza fez sua cor; dos templos, pavilhões. Aqui a séria cor ficou colorida e a casa de oração virou cartão. A fachada tem seu brilho, o letreiro sua identificação; ao depararmos com um prédio sabemos com nitidez: "É da Congregação".

O contraste. Fica por conta da sua orquestra que já foi reportada como a maior do mundo. A corporação musical é motivo dos maiores elogios, como das maiores críticas. Se é bela quando a ouvimos, é fera quando a olhamos; Se encanta pela execução, decepciona pela exclusão - ao privilegiar um gênero, discriminou o outro.

Seus valores. A CCB jamais em sua história foi subsidiada de qualquer forma; sendo apolítica, jamais aceito doações com interesses políticos; jamais ofereceu benção por dinheiro, dessa forma, jamias se viu em seus átrios, campanhas de libertações, curas e prosperidades. O 'fruto que Deus prepara' é o sustento da igreja e a satisfação em nossos corações é o cheque de pagamento.

O centenário é momento para reflexão: A igreja que somos é a igreja que deveríamos ser? Levamos a mensagem que o missionário trouxe há cem anos? Temos sido fiéis a esse legado?

O centenário é momento para oração: Devemos sempre estar clamando a misericódia de Deus para que nos guie e não deixe a igreja sem direção. Haveremos de pedir sempre seu perdão, os dons e sua Palavra.

O centenário é momento para gratidão: Nesse período construímos nossa história como uma grande família, temos uma estrutura gigantesca e somos modelos em várias áreas; Deus tem sido conosco, seus conselhos não tem faltado, e suas promessas hão de cumprir.





Igreja Sustentável

A Congregação Cristã no Brasil - CCB tem um patrimônio admirável composto por milhares de templos que chamamos casas de oração, oficinas de costuras e um anexo no município de Barretos-SP que abriga os irmãos em tratamento médico oriundos de todos os estados brasileiros; e principalmente de sua irmandade estipulada entre 3,5 a 5 milhões de membros.

Porém o que é de se admirar não são os números que demonstram sua grandeza, mas os números mínimos por quais essa grandeza foi conquistada. A CCB jamais em sua história foi subsidiada de qualquer forma; sendo apolítica, jamais aceitou doações com propósitos políticos; a CCB não é dizimista, jamais exigiu oferta de qualquer membro, jamais desmereceu quem não ofertasse; jamais obrigou sua irmandade a comprar qualquer produto, visto que não fabrica ou comercializa nenhum; jamais ofereceu benção por dinheiro; assim nunca se viu no nosso meio campanhas de libertação, curas e prosperidade.


A arrecadação na CCB é irrisólia comparada a qualquer grupo religioso, mas seu patrimônio supera muitos deles. Isto exige um admistração magistral feita com arte e maestria. Quem foi seu sábio economista? Como se organiza? Qual sua fonte de renda? De onde vem seus recursos?
"Sua organização é a caridade de Deus no coração de seus membros" (L. Francescon).

A diferença é que muitos valorizam o dinheiro e na CCB o dinheiro é visto sem valor. O resultado das coletas é tratado como - "O fruto que Deus prepara" - e isto não tem preço. A irmandade coopera de forma anônima e voluntária. Toda vez que um envelope de coleta é entregue, além do dinheiro, está depositada uma oração.
Uma entidade sustentável utiliza os recursos naturais sem exaurir o meio ambiente. Uma igreja sustentável utiliza os 'frutos que Deus prepara' sem exaurir seus membros.

O 'fruto de Deus' sustenta a igreja. Pode ser em dinheiro ou em serviço, com esse pensamento, todo serviço prestado à 'Obra de Deus' é voluntário. O corpo ministerial não é remunerado, oficiais que trabalham nas contruções e manutenção, idem. Os músicos não pagam para aprender e não cobram para tocar. Irmãs trabalham na costura, na cozinha e na limpeza e só ganham satisfação.

Com este 'fruto' que os livros e as contas bancárias não registram, a CCB ergueu seu patrimônio.

SOU CCB, SOU 100!





* São bíblicos tanto o dízimo e o sustento dos obreiros

2010 - O Ano do Jubileu

Certas datas são tão especiais que não podem passar em branco. Algumas demarcam períodos e representam ciclos que nos oferecem uma boa oportunidade para fazermos um balanço, refletirmos, e até mesmo recomeçarmos.

Verso áureo: "E santificareis o ano quinquagésimo, e apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores; ano do jubileu vos será, e tornareis cada um à sua possessão, e tornareis cada um à sua família" (Lv 25:10).

Explicando. Para falarmos de ano do Jubileu, obrigatóriamente, temos que falar de ano sabático - Todo sétimo ano, segunda a Lei, os campos e as vinhas não eram cultivados, e se produzissem, a colheita era distribuída aos pobres, estrangeiros e animais da terra; os israelitas, entre si, liquidavam as suas dívidas. Depois de sete vezes sete anos sabáticos (49 anos) havia um ano do jubileu, durante o qual todas as terras vendidas ou confiscadas eram devolvidas a seus primitivos proprietários e todos os escravos eram libertados (Lv 25:13,14; 25:39-54; 27:16-24), por esse motivo era também chamado de 'Ano da Liberdade' (Ez 46:18).

Complicando. O ano do jubileu é um tipo da graça; indugências eram conferidas indistintamente, não por méritos, mas por puro favor. A Graça nos confere perdão imerecido e restitui nosso direito e comunhão com Deus.
O Jubileu era um período temporal para figurar a herança eternal

Celebrando. O 'ano da liberdade' era anunciado ao som da trombeta e havia santa convocação; o entusiasmo tomava a todos que se faziam indulgentes uns com os outros; desavenças eram esquecidas, bens restituídos, desavenças esquecidas, alforrias concedidas. Conta-se que por ocasião da solenidade, Alexandre Magmo e Júlio César, isentara os impostos dos judeus. Era o espírito 'jubilino' contagiando a todos.
Celebravam a Graça estando ainda debaixo da Lei.

Recomeçando. Um ciclo se fechava e outro se iniciava no dia da expiação, também chamado 'dia do perdão'. O que ficava para trás era esquecido; tipo do esquecimento de Deus com relação aos nossos pecados (Jr 31:34; Mq 7:18). Deixavam as coisa velhas para viverem coisas novas e da novidade do campo comiam (Lv 25:6,7,12).

Aniversariando. A CCB comemora neste ano de 2010 o seu segundo jubileu, ou seja, seu centenário. Se a aniversariante é santa, a festa é santa. Se aqueles que viviam na época da Lei celebravam a Graça, quanto mais nós que estamos nesta dispensação.
Eles festejavam fora do tempo, nós vivemos o tempo.

Parabenisando. "À Senhora eleita, e a seus filhos, aos quais amo na verdade, e não somente eu, mas todos os que tem conhecido a verdade" (2Jo 1). A todas as famílias e pessoas que escreveram essa história. A ti Congregação Cristã no Brasil:
Parabéns pra você, neste ano querido...

Contrariando. Se a festa é santa - "Porque jubileu é, santo será para vos" (Lv 25:12) - por que alguns não estão jubilosos? Por que andam dizendo que estas coisas são carnais? Por que retardaram o lançamento do novo hinário? Eu celebrarei pois sinto júbilo, "Pelo que todos os que somos perfeitos (salvos) sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa doutra maneira, também Deus vo-lo revelará" (Fp 13:15).

Comparando. O panoramo do primeiro jubileu em 1960 era bem diferente do atual. A década de 50 foram os anos dourados também para a CCB que vivia seu apogeu, era o maior grupo evangélico do país e recentemente havia inaugurado sua suntuosa sede no Brás. Houve que dissesse: "Deus não quer grandes templos na sua 'Obra'; sim, grandes homens que preguem a sua Palavra".
O ciclo que se findou nos trouxe os grandes templos; O ciclo que se inicia, que nos traga os grande pregadores.

Perdoando. Eu quero provar do novo. Eu preciso recomeçar. Pela Graça recebida dou o meu perdão para que possa prosseguir em paz. Não mais me importarei com as denuncias que ouvi, com os dossiês que li , e as coletas que não vi, "mas uma coisa faço, e é que, esquecendo as coisa que atrás ficam, e avançando para aquelas que estão adiante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Fp 3:13,14).

Sonhando. Por um momento imaginei, como muitos consideram a CCB a Graça de Deus, que esta poderia agir com graça e apregoar liberdade a todas suas ovelhas censuradas, perdoando e restituindo o direito destas para que possam comer da novidade do campo.
Exerceste o juízo ("e àqueles que retiverdes os pecados lhes são retidos" Jo 20:23b); agora exercei a graça (Àqueles que perdoardes os pecados lhes são perdoados" Jo 20:23a).

Acordando. Amar não é idealizar - a CCB não é a Graça de Deus, mas agraciada por Deus. Não queremos igreja salvadora, mas que espelhe o Salvador. Esta coroa só pertence ao Senhor Jesus, seu peso é muito para suportarmos; lançamo-la diante o trono, aos pés daquele que nele se assenta dizendo: "Digno és, Senhor" (Ap 4:10).

Desejando. Para o Jubileu se tonar verdadeiramente um 'Ano de Graça' que cada crente seja um promotor do reino de Deus, demonstrando o quanto de graça possui e libere o seu perdão; é isto que significa 'dai de graça o que de graça recebeste'.

Em 2010, graça a todos!

Pentecostalismo brasileiro: As origens

É impossível falar em “pentecostalismo brasileiro” sem antes falarmos um pouco sobre o pentecostalismo norte-americano.

E é impossível falar em pentecostalismo brasileiro sem falar na Congregação Cristã no Brasil e Assembléia de Deus, que são as pioneiras na propagação da fé pentecostal em solo brasileiro.


O fenômeno religioso denominado “pentecostalismo brasileiro” está prestes as completar cem anos, estudiosos da religião dizem que o pentecostalismo é um dos mais importantes fenômenos religiosos ocorrido no século XX.

Desde o seu surgimento publico na Azuza Street, na cidade de Los Angeles, Califórnia - Estados Unidos, em 100 anos, o pentecostalismo conquistou 500 milhões de seguidores em todo o mundo. Caso seja mantido os níveis de crescimento dos últimos anos, estima-se que em 2025 44% dos cristãos serão evangélicos pentecostais, o que somará cerca de 1,1 bilhão de pessoas.
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Com a aproximação do primeiro centenário do movimento pentecostal brasileiro cresce o numero de interessados no assunto, também por isso criamos este blog, um blog escrito por ccbeianos para ccbeianos, que abordará principalmente o centenário da Congregação Cristã no Brasil (CCB), eventualmente, por motivos de retratação histórica a Assembléia de Deus (AD) poderá ser citada, uma vez que em 2011 ela também completará seu primeiro centenário.

Todos são bem vindos a este blog, independente da igreja qual freqüentam, mas nos delimitaremos apenas a assuntos dos aspectos históricos e do pentecostalismo em si, não discutiremos aqui religião. .
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A Congregação Cristã no Brasil que este ano completará o seu primeiro centenário, aparentemente não está comemorando a data com festejos, como antecipadamente faz a AD, o que certamente reafirma a postura da CCB em não se expor nas mídias, ou como disse o mestre em religião pela Mackenzie, Gloecir. Bianco: a "CCB no século XXI é uma igreja pentecostal invísivel".
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Penso comigo, embora isso seja negado pela instituição, que o lançamento do novo hinário previsto para 2010, é uma tímida e discreta comemoração ao centenário. E esta “comemoração” é bem vinda, pois, nos orgulhamos da nossa história.
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Certo é que com a chegada de 2010 e aproximação de 2011, anos em que chegaram ao Brasil Louis Francescon, Daniel Berg e Gunnar Vingren, respectivamente, começam a pipocar na imprensa informações relacionadas ao pentecostalismo brasileiro e inevitavelmente às denominações CCB e AD, que são as precursoras do movimento no Brasil. Este já pode blog ser citado como exemplo neste sentido, outro exemplo que podemos citar foi o congresso realizado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) em novembro do ano passado.
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Afinal quais as origens do pentecostalismo?
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O pentecostalismo também conhecido como “avivamento pentecostal”, é um movimento religioso que surgiu no inicio do século XX, entre pobres e imigrantes nas periferias dos Estados Unidos.
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Porque denominações como CCB são classificadas como igrejas pentecostais”?
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É uma referência ao Batismo pelo Espírito Santo, descrito no livro de Atos capítulo 2, o termo “pentecostal” deriva de “pentecostes”, um termo grego utilizado que é utilizados para referir-se a festa judaica das semanas.

Podemos afirmar que o pentecostalismo é um movimento cristão avivalista, que tem ênfase na santificação e no relacionamento pessoal entre Deus e o crente. Há historiadores que atribuem o surgimento do pentecostalismo a Montano, um cristão do ano 150, que lutou pela recaristimazação cristã, e isto fez porque os cristãos daquela época já haviam abandonado a: glossolalia (falar em línguas), revelações, curas divinas e maravilhas.

Charles Fox Parham e William Joseph Seymour; 1901 e 1906; Topeka (Kansas) e Los Angeles (Califórnia) são os precursores do pentecostalismo do século XX. Porém, muitos deixaram de relatar a contribuição de Parham devido a sua tendência racista simpática aos ideais da Ku Klux Klan, acusações de homossexualismo e doutrinas exclusivistas que afirmava que os anglo-saxões eram descendentes diretos das tribos perdidas de Israel após o exílio na Assíria.

Seymour, negro e filho de escravos libertos, constantemente é exaltado de por sua atuação, mesmo em uma época de forte perseguição racial nos EUA, tornou-se bastante popular por causa do movimento avivalista da Azuza Street.

Acredita-se que a rápida expansão do pentecostalismo esteja associada a fatores sócio-culturais, como divisões raciais e de classe. As igrejas pentecostais se tornaram um local onde os pobres manifestavam seu descontentamento com a pobreza e conflitos raciais, assim surgiu a “igreja dos deserdados”. Num período de três anos, muitos fiéis pentecostais transformaram-se em missionários que começavam a disseminar o pentecostalismo por todo os EUA, depois, Europa, Ásia, América Latina e África. Assim foi com Louis Francescon, Daniel Berg e Gunnar Vingren, que saíram de Los Angeles para trazer a mensagem pentecostal à América Latina, que na Argentina em 1909 culminou no surgimento da Assembléia Cristã, a primeira denominação pentecostal latino-americana, em 1910 no Brasil da Congregação Cristã e 1911, também no Brasil, da Assembléia de Deus.

Quais são as principais características do pentecostalismo?

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Como já dissemos acima, o pentecostalismo prioriza o relacionamento do individuo com Deus e enfatiza a santificação e o Batismo pelo Espírito Santo. Outra característica peculiar a este grupo é o fato de se tratar de uma religião dinâmica, oral e resultante do testemunho de pessoas, que desde o inicio, tem valorizado mais a tradição oral do que a escrita. Por este fato, algumas denominações deixaram de registrar a própria história, permitindo que importantes personagens do pentecostalismo e denominações caíssem no esquecimento, por isso, tem muito trabalho aquele que se propõe a estudar o fenômeno pentecostal.
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Em linhas gerais, podemos dizer o pentecostalismo brasileiro tem raízes norte-americanas, que do movimento avivalista, conduzido por Charles Fox Parham (1873-1929) e William Joseph Seymour (1870-1922) no inicio do século XX (1906), permitiu que no ano de 1910 o italiano Louis Francescon e um grupo de irmãos em Santo Antonio da Platina (PR) dessem origem primeira igreja evangélica pentecostal brasileira à Congregação Cristã no Brasil, e em 1911 os suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren em Belém do Pará dessem origem a Missão da Fé Apostólica, que sete anos depois adotou o nome de Assembléia de Deus no Brasil.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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CAMPOS, Leonildo Silveira. As origens norte-americanas do pentecostalismo brasileiro: observações de uma relação ainda pouco avaliada. Revista USP. São Paulo. 2005
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BIANCO, Gloecir. CCB no século XXI: Uma denominação pentecostal invísivel. Blog Religare-Religare. Curitiba. Setembro/2005.
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Pentecostalismo. Wikipedia

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