
Retrato falado
16:20 Mario

A história do Movimento Pentecotal e o contato com William H. Durham
06:37 Daniel


Seymour enfrentou as leis de segregação racial da época para poder frequentar a escola. Ele não foi autorizado ficar na sala de aula com alunos brancos, sendo obrigado a assistir as aulas do corredor. Seymour também não pude orar nem receber oração com os outros alunos, e consequentamente, não recebeu o batismo no Espírito Santo na escola, mesmo concordando com a mensagem.

O missionário italiano e o contato com os presbiterianos de São Paulo
06:12 Daniel
O primeiro destino é Buenos Aires na Argentina, onde em contato com parentes Lúcia Menna, é iniciado o primeiro trabalho pentecostal naquele país. Luigi Francesconi, resolve se dirigir à São Paulo, deixando Lúcia Menna e Giácomo Lombardi na Argentina.
Em 1915, Narciso Nartucci, congregado na Assembleia Crista Reunidos em Nome do Senhor Jesus, de Chicago, sente no coração do desejo de continuar o trabalho iniciado pelo trio missionário. Toma forma assim a Assembleia Cristã Reunida em Nome do Senhor Jesus, em território argentino. Denominação que pode ser encontrada até os dias de hoje, que conserva os mesmos costumes da Congregação Cristã e mantém contato com irmãos tanto brasileiros quanto argentinos.
Além de asiáticos, vieram muitos europeus, especialmente italianos, e neste grupo se instalará a primeira igreja pentecostal em solo brasileiro.
No entanto, Carvalhosa, por certo informado pela Igreja Presbiteriana sobre os acontecimentos mundo afora acerca da novidade do falar em línguas, percebe nas mensagens de Francesconi, um tom pentecostal, e proibe o presbítero Felipe Pavan de dar liberdade à Francesconi.
Felipe Pavan e Ernesto Finotti foram os dois primeiros anciães do Brasil, sendo ordenados em 1910, após passarem pelo batismo por imersão.
A CCB é Centenária.
12:44 Ricardo Alexandre

Ponto de partida. Aos doze de março de 1910, desembarcava em solo brasileiro vindo dos Estados Unidos, o imigrante italiano Luiz Francescon. Este missionário ensinaria uma parte da nação a falar uma 'língua estranha' que não tem tradução, mas tem poder e unção.
A pioneira. A mensagem pentecostal (Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e breve voltará) começou a ser disseminada em solo brasileiro, na região sudeste, pela Congregação Cristã no Brasil - CCB. Em pouco tempo em cada cidade do nosso céu a Congregação estendeu seu véu.
O número um. Antônio Felício Machado foi o primeiro irmão a ser batizado na CCB na cidade de Santo Antônio da Platina no Estado do Paraná.
O crescimento. Explicar o crescimento inicial da CCB é desafio a qualquer teólogo, ou mesmo, sociólogo ou antropólogo. Como uma igreja que não evangeliza cresce tanto? Se o método tradicional e bíblico não foi usado, qual fattor levou-a ser a maior denominação por décadas?
Obra do Espírito Santo. Os membros da CCBtem uma resposta na ponta da língua: "Foi obra do Espírito Santo" - e ao meu ver foi mesmo. A glossolalia (línguas estranhas) foi um atrativo para crentes de outras denominações. O derramamento dos dons foi abundante até meados de sua história, o que acontecia tanto nos encontros cultuais como nos casuais.
Usos e costumes. Os costumes usuais da CCB são comuns a toda igreja pentecostal, já os litúrgicos, são bem característicos contribuindo para sua identidade denominacional. São eles: o uso do véu, assentos separados, saudação típica, orar só de joelhos, clamores e exclamações exaltando a Deus durante todo decorrer do culto, etc.
A igreja dos 'glórias'. O modo peculiar de seus membros exaltarem e clamarem a Deus fazia-se notável a todos que a visitavam, fazendo-os ficar conhecidos como 'os glórias' e consequentemente a CCB como a 'igreja dos glórias'. Esse apelido, dado pelas outras denominações, revela como era dinâmico o seu culto e o respeito que demonstravam pela CCB.
Sua gente. A congregação é composta de um povo varonil e jovens valorosos. Suas mulheres são mestras no bem e as moças, sem exceção, são formosas e encantadoras. Casam-se e dão em casamento entre si, agem igual [porque são] uma grande famíla
Suas cores. Do cinza fez sua cor; dos templos, pavilhões. Aqui a séria cor ficou colorida e a casa de oração virou cartão. A fachada tem seu brilho, o letreiro sua identificação; ao depararmos com um prédio sabemos com nitidez: "É da Congregação".
O contraste. Fica por conta da sua orquestra que já foi reportada como a maior do mundo. A corporação musical é motivo dos maiores elogios, como das maiores críticas. Se é bela quando a ouvimos, é fera quando a olhamos; Se encanta pela execução, decepciona pela exclusão - ao privilegiar um gênero, discriminou o outro.
Seus valores. A CCB jamais em sua história foi subsidiada de qualquer forma; sendo apolítica, jamais aceito doações com interesses políticos; jamais ofereceu benção por dinheiro, dessa forma, jamias se viu em seus átrios, campanhas de libertações, curas e prosperidades. O 'fruto que Deus prepara' é o sustento da igreja e a satisfação em nossos corações é o cheque de pagamento.
O centenário é momento para reflexão: A igreja que somos é a igreja que deveríamos ser? Levamos a mensagem que o missionário trouxe há cem anos? Temos sido fiéis a esse legado?
O centenário é momento para oração: Devemos sempre estar clamando a misericódia de Deus para que nos guie e não deixe a igreja sem direção. Haveremos de pedir sempre seu perdão, os dons e sua Palavra.
O centenário é momento para gratidão: Nesse período construímos nossa história como uma grande família, temos uma estrutura gigantesca e somos modelos em várias áreas; Deus tem sido conosco, seus conselhos não tem faltado, e suas promessas hão de cumprir.
Igreja Sustentável
08:47 Ricardo Alexandre

Porém o que é de se admirar não são os números que demonstram sua grandeza, mas os números mínimos por quais essa grandeza foi conquistada. A CCB jamais em sua história foi subsidiada de qualquer forma; sendo apolítica, jamais aceitou doações com propósitos políticos; a CCB não é dizimista, jamais exigiu oferta de qualquer membro, jamais desmereceu quem não ofertasse; jamais obrigou sua irmandade a comprar qualquer produto, visto que não fabrica ou comercializa nenhum; jamais ofereceu benção por dinheiro; assim nunca se viu no nosso meio campanhas de libertação, curas e prosperidade.
A arrecadação na CCB é irrisólia comparada a qualquer grupo religioso, mas seu patrimônio supera muitos deles. Isto exige um admistração magistral feita com arte e maestria. Quem foi seu sábio economista? Como se organiza? Qual sua fonte de renda? De onde vem seus recursos?
"Sua organização é a caridade de Deus no coração de seus membros" (L. Francescon).
A diferença é que muitos valorizam o dinheiro e na CCB o dinheiro é visto sem valor. O resultado das coletas é tratado como - "O fruto que Deus prepara" - e isto não tem preço. A irmandade coopera de forma anônima e voluntária. Toda vez que um envelope de coleta é entregue, além do dinheiro, está depositada uma oração.
O 'fruto de Deus' sustenta a igreja. Pode ser em dinheiro ou em serviço, com esse pensamento, todo serviço prestado à 'Obra de Deus' é voluntário. O corpo ministerial não é remunerado, oficiais que trabalham nas contruções e manutenção, idem. Os músicos não pagam para aprender e não cobram para tocar. Irmãs trabalham na costura, na cozinha e na limpeza e só ganham satisfação.
Com este 'fruto' que os livros e as contas bancárias não registram, a CCB ergueu seu patrimônio.
SOU CCB, SOU 100!
2010 - O Ano do Jubileu
15:06 Ricardo Alexandre

Pentecostalismo brasileiro: As origens
07:50 Mario

E é impossível falar em pentecostalismo brasileiro sem falar na Congregação Cristã no Brasil e Assembléia de Deus, que são as pioneiras na propagação da fé pentecostal em solo brasileiro.
O fenômeno religioso denominado “pentecostalismo brasileiro” está prestes as completar cem anos, estudiosos da religião dizem que o pentecostalismo é um dos mais importantes fenômenos religiosos ocorrido no século XX.
Desde o seu surgimento publico na Azuza Street, na cidade de Los Angeles, Califórnia - Estados Unidos, em 100 anos, o pentecostalismo conquistou 500 milhões de seguidores em todo o mundo. Caso seja mantido os níveis de crescimento dos últimos anos, estima-se que em 2025 44% dos cristãos serão evangélicos pentecostais, o que somará cerca de 1,1 bilhão de pessoas.
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Com a aproximação do primeiro centenário do movimento pentecostal brasileiro cresce o numero de interessados no assunto, também por isso criamos este blog, um blog escrito por ccbeianos para ccbeianos, que abordará principalmente o centenário da Congregação Cristã no Brasil (CCB), eventualmente, por motivos de retratação histórica a Assembléia de Deus (AD) poderá ser citada, uma vez que em 2011 ela também completará seu primeiro centenário.
Todos são bem vindos a este blog, independente da igreja qual freqüentam, mas nos delimitaremos apenas a assuntos dos aspectos históricos e do pentecostalismo em si, não discutiremos aqui religião. .
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Certo é que com a chegada de 2010 e aproximação de 2011, anos em que chegaram ao Brasil Louis Francescon, Daniel Berg e Gunnar Vingren, respectivamente, começam a pipocar na imprensa informações relacionadas ao pentecostalismo brasileiro e inevitavelmente às denominações CCB e AD, que são as precursoras do movimento no Brasil. Este já pode blog ser citado como exemplo neste sentido, outro exemplo que podemos citar foi o congresso realizado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) em novembro do ano passado.
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O pentecostalismo também conhecido como “avivamento pentecostal”, é um movimento religioso que surgiu no inicio do século XX, entre pobres e imigrantes nas periferias dos Estados Unidos.
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É uma referência ao Batismo pelo Espírito Santo, descrito no livro de Atos capítulo 2, o termo “pentecostal” deriva de “pentecostes”, um termo grego utilizado que é utilizados para referir-se a festa judaica das semanas.
Podemos afirmar que o pentecostalismo é um movimento cristão avivalista, que tem ênfase na santificação e no relacionamento pessoal entre Deus e o crente. Há historiadores que atribuem o surgimento do pentecostalismo a Montano, um cristão do ano 150, que lutou pela recaristimazação cristã, e isto fez porque os cristãos daquela época já haviam abandonado a: glossolalia (falar em línguas), revelações, curas divinas e maravilhas.
Charles Fox Parham e William Joseph Seymour; 1901 e 1906; Topeka (Kansas) e Los Angeles (Califórnia) são os precursores do pentecostalismo do século XX. Porém, muitos deixaram de relatar a contribuição de Parham devido a sua tendência racista simpática aos ideais da Ku Klux Klan, acusações de homossexualismo e doutrinas exclusivistas que afirmava que os anglo-saxões eram descendentes diretos das tribos perdidas de Israel após o exílio na Assíria.
Seymour, negro e filho de escravos libertos, constantemente é exaltado de por sua atuação, mesmo em uma época de forte perseguição racial nos EUA, tornou-se bastante popular por causa do movimento avivalista da Azuza Street.
Acredita-se que a rápida expansão do pentecostalismo esteja associada a fatores sócio-culturais, como divisões raciais e de classe. As igrejas pentecostais se tornaram um local onde os pobres manifestavam seu descontentamento com a pobreza e conflitos raciais, assim surgiu a “igreja dos deserdados”. Num período de três anos, muitos fiéis pentecostais transformaram-se em missionários que começavam a disseminar o pentecostalismo por todo os EUA, depois, Europa, Ásia, América Latina e África. Assim foi com Louis Francescon, Daniel Berg e Gunnar Vingren, que saíram de Los Angeles para trazer a mensagem pentecostal à América Latina, que na Argentina em 1909 culminou no surgimento da Assembléia Cristã, a primeira denominação pentecostal latino-americana, em 1910 no Brasil da Congregação Cristã e 1911, também no Brasil, da Assembléia de Deus.
Quais são as principais características do pentecostalismo?
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Como já dissemos acima, o pentecostalismo prioriza o relacionamento do individuo com Deus e enfatiza a santificação e o Batismo pelo Espírito Santo. Outra característica peculiar a este grupo é o fato de se tratar de uma religião dinâmica, oral e resultante do testemunho de pessoas, que desde o inicio, tem valorizado mais a tradição oral do que a escrita. Por este fato, algumas denominações deixaram de registrar a própria história, permitindo que importantes personagens do pentecostalismo e denominações caíssem no esquecimento, por isso, tem muito trabalho aquele que se propõe a estudar o fenômeno pentecostal.
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Em linhas gerais, podemos dizer o pentecostalismo brasileiro tem raízes norte-americanas, que do movimento avivalista, conduzido por Charles Fox Parham (1873-1929) e William Joseph Seymour (1870-1922) no inicio do século XX (1906), permitiu que no ano de 1910 o italiano Louis Francescon e um grupo de irmãos em Santo Antonio da Platina (PR) dessem origem primeira igreja evangélica pentecostal brasileira à Congregação Cristã no Brasil, e em 1911 os suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren em Belém do Pará dessem origem a Missão da Fé Apostólica, que sete anos depois adotou o nome de Assembléia de Deus no Brasil.