
Continuando conforme eu havia prometido, vamos a algumas considerações com relação ao hinário 2.
Após 15 anos em cantar em italiano, a congregação publica o seu primeiro hinário em português. Provavelmente devido à pressão que ocorria naquele tempo conturbado pois estamos exatamente em 1943, ápice da segunda guerra mundial e, no Brasil, tudo relacionado a Itália, então aliada nazista, foi retirado.
Houve algumas alterações, uma delas é justamente o prefácio do hinário 1, o qual dizia que esses hinos eram utilizados entre várias igrejas, contudo, ainda permaneceu o fato de dizer que os hinos são americanos,italianos e de outras nações, e, pela primeira vez, temos hinos inseridos de criação da própria CCB. (Hino 3, por exemplo)
Me arrisco a dizer que, foi nesse período que entra em cena a figura mais emblemática de nossa hinódia (historia de nossos hinos), Ana Spina.
Ela, ao que me consta, foi uma das principais responsáveis pela tradução de vários hinos, recompilação e acerto de vários erros do hinário 1 (ex: clave de fá virada para o lado errado...).
Temos mantida ainda a divisão de culto oficial e culto de jovens e menores. Com 25 hinos, levava o nome de " HYMNOS PARA A REUNIÕES DOS MENORES", enquanto no hinário 1 levava o nome de "CANTICI SPIRITUALI PER FANCIULLI", ou seja canticos espirituais para crianças. Bem diferente não?
Há também, a extinção de cantos para o baixo, provavelmente extinguindo os corais, onde entra, se não me falha a memória, a introdução do "hino do silêncio" e o "hino de despedida", ou "hino de encerramento".
É importante notar que há, neste novo hinário, uma diferenciação para hinos de abertura de culto, santa ceia, e funerais, mas não temos ainda uma separação para hinos de batismo.
Acredito que o hino "mais querido" pelos músicos deveria ser o 178 (Glória, Aleluia) retirado do hinário posteriormente. Escute abaixo: